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Consultora dá dicas de como ensinar os filhos sobre dinheiro
Segundo a especialista, quanto mais cedo começa a educação financeira, melhor. Por Lediane Filus
Saber administrar o orçamento, ajustando o salário entre contas e compras para ficar longe das dívidas parece um desafio para boa parte das pessoas, ainda mais quando comprar com o cartão de crédito parece tão acessível. O segredo para enfrentar esses problemas, no entanto, está em uma solução bem simples: educação financeira.
De acordo com a consultora de saúde financeira e qualidade de vida, Syen Miranda, aprender desde cedo o que o dinheiro representa de maneira prática evita dificuldade em lidar com a conta bancária o futuro. “Se desde cedo a pessoa é orientada a poupar, valorizar o resultado do trabalho, entender que nossa prosperidade está ligada diretamente ao que escolhemos, será mais difícil que ela se iluda com ofertas mirabolantes ou imagine que magicamente os problemas serão resolvidos – como muita gente adulta inconscientemente acredita”, explica ela
Assim, para evitar que os seus filhos cresçam com dificuldades para lidar com o dinheiro, confira as dicas da especialista sobre como iniciar a educação financeira dos pequenos.
# Fale sobre dinheiro desde cedo
De acordo com Suyen, a melhor idade para falar sobre dinheiro é quando a criança já começa a se interessar por valor, algo que normalmente acontece a partir dos três anos. Porém, se o seu filho já for adolescente, apresente o dinheiro de forma que ele compreenda que a conta bancária cheia é resultante da produção e do trabalho, e não algo aque qualquer pessoa tem acesso.
“O quanto antes a informação sobre fazer dinheiro, poupar, controlar gastos e evitar o consumo desenfreado for algo falado claramente com a criança ou adolescente melhor, porque embora os pais não percebam, eles se espelham nos pais para aprender sobre dinheiro. Se os adultos foram gastões, muito provavelmente os filhos seguirão o mesmo caminho”, alerta ela.
# Para crianças, procure uma abordagem leve
Apesar de ser possível explicar sobre dinheiro desde cedo, é preciso abordar o assunto de forma adequada em cada fase do crescimento. Conforme explica a especialista, no caso de crianças menores, o ideal é começar ensinando conceitos matemáticos nos valores. Assim, 10 moedinhas de 10 centavos correspondem a um real e por aí vai.
Para Suyen, é preciso mostrar as notas para a criança e explicar que tudo o que é comprado é pago com dinheiro, para que ela entenda o significado nele. “Levar a criança para fazer compras e pedir que ela ajude na soma da despesa também é um bom treino”, exemplifica ela.
# Mesada é fundamental
Oferecer mesada aos filhos é uma etapa fundamental da educação financeira. Segundo a consultora, ela é um reflexo do futuro nas finanças, pois não recebemos dinheiro todos os dias na maioria das atividades profissionais. Nesse contexto, a mesada é um recurso que o filho usa para suas despesas supérfluas, portanto, se o dinheiro acabou, ele terá de esperar o “pagamento”, assim como acontece com o salário.
“O fato de a criança ter uma verba para o mês ajuda ela a entender que precisa se planejar, controlar gastos e poupar, coisa que não ocorre se os pais sempre derem dinheiro a cada pedido que ela faça”, ensina Sayen. Assim, é importante não ceder ao pedido de dinheiro fora de hora que vem do adolescente para que ele entenda que precisa se planejar.
“Aproveito para esclarecer que despesas fundamentais
da criança ou do adolescente, como material escolar, lanche, transporte escolhar e alimentação não devem ser pagas com mesada, mas com uma verba específica para este fim. A mesada é para ser poupada ou gasta com gibis, games, brinquedos e diversão em caráter supérfluo”, ressalta ela.
Vale lembrar que aprender a administrar o dinheiro na infância por meio da mesada será importante para que, na fase da adolescência, seu filho já saiba como lidar com uma conta bancária. Sem essa experiência anterior, o jovem terá que aprender o conceito de valor apenas na hora que a conta for aberta, o que dificulta o processo.